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Precisa deixar o perfil aberto para tirar o visto americano? Veja o que mudou em 2025

  • Foto do escritor: Rodrigo Rodrigues
    Rodrigo Rodrigues
  • 24 de jul.
  • 6 min de leitura
Perfil aberto nas redes sociais
Perfil aberto nas redes sociais

Novas diretrizes do governo dos EUA a partir de 2025 exigem uma checagem mais profunda das redes sociais dos candidato e, preferencialmente, com perfil aberto para tirar o visto. Neste artigo, explicamos o que mudou, quais vistos são afetados e como você pode se preparar.


Novas regras para estudantes e intercambistas (F-1, M-1, J-1)

Em 2025, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a retomada das emissões de vistos de estudante, mas com uma nova exigência: os candidatos deverão “desbloquear” seus perfis de redes sociais para análise pelas autoridades consulares. Essa diretriz vale para as categorias de visto de estudante e intercâmbio, especificamente os vistos F-1, M-1 e J-1:

  • Visto F-1: destinado a estudantes acadêmicos em cursos de longa duração nos EUA (graduação, pós-graduação, intercâmbio em universidades ou cursos intensivos de inglês, por exemplo).

  • Visto M-1: voltado a estudantes de cursos vocacionais ou técnicos não-acadêmicos (como cursos profissionalizantes de aviação, culinária, design, mecânica etc.).

  • Visto J-1: usado para programas de intercâmbio cultural e educacional, incluindo trainees, pesquisadores, programa au pair, professores visitantes e outros tipos de intercambistas.


Segundo comunicado oficial, os consulados americanos vão conduzir “uma verificação abrangente e minuciosa, incluindo a análise da presença on-line, de todos os solicitantes” desses vistos. Em outras palavras, o agente consular poderá avaliar seu histórico na internet, perfis de Facebook, Instagram, Twitter (X), TikTok, LinkedIn, fóruns e qualquer conteúdo público associado à sua identidade online, em busca de potenciais sinais de risco.


Por que deixar o perfil aberto para tirar o visto?

Essas medidas fazem parte de um reforço na segurança e triagem de vistos. Autoridades dos EUA enfatizam que “obter um visto é um privilégio, não um direito” e querem garantir que nenhum solicitante represente risco à segurança nacional. Por isso, a triagem extra foca em identificar comportamentos, conexões ou conteúdo nas redes sociais que possam ser considerados “hostis” aos Estados Unidos. Por exemplo, apoio a organizações terroristas, incitação à violência, extremismo, ou discurso de ódio contra os valores e instituições americanas.


Os consulados receberam orientação para ficarem atentos a postagens, comentários, fotos e até mensagens dos candidatos nas redes. Se for encontrado algo como apologia ao terrorismo ou incitação de violência política, o visto poderá ser negado com base em inelegibilidade por segurança. Mesmo opiniões ou engajamentos políticos polêmicos (como certas manifestações públicas) agora podem gerar questionamentos adicionais durante a análise do visto. O seu rastro digital virou parte do seu “currículo” aos olhos da imigração americana.


Vale lembrar que essa atenção às redes sociais não surgiu do dia para a noite. Desde 2019, todos os solicitantes de visto dos EUA já precisavam listar no formulário DS-160 quais redes sociais utilizaram nos últimos 5 anos. A diferença agora é que, no caso dos vistos de estudante e intercâmbio, as autoridades querem verificar diretamente o conteúdo dessas contas. Para isso, exigem que os perfis estejam públicos (visíveis a qualquer pessoa). Antes, você podia fornecer seus nomes de usuário e manter as contas privadas; agora, privacidade alta pode ser vista como barreira à investigação.


O que acontece se meu perfil for privado?

Diante dessa nova orientação, manter suas redes sociais fechadas durante o processo de visto pode trazer consequências sérias. O oficial consular provavelmente irá interromper a aprovação do seu visto caso não consiga acessar suas páginas.


Nessa situação, o caso fica em suspenso (conhecido como “refused under 221(g)” ou processo administrativo) enquanto se realiza uma verificação aprofundada, com a orientação de tornar públicos os perfis antes de prosseguir.


Oficialmente, os EUA instruíram seus consulados a pedir que o candidato ajuste todos os perfis para o modo “público” caso estejam privados. Além disso, o candidato é alertado de que perfil privado pode ser interpretado como tentativa de ocultar algo. Ou seja, na prática “quem não abrir, não consegue o visto”, pois a recusa em fornecer acesso às redes sociais pode resultar na rejeição do pedido de visto. Em comunicado à imprensa, o governo americano deixou claro que candidatos que se neguem a desbloquear as contas “poderão ter seus pedidos negados por parecer que estão tentando burlar a exigência ou esconder suas atividades online”.


Portanto, se você marcar sua entrevista de visto F-1, M-1 ou J-1 e chegar lá com Facebook, Instagram e demais contas somente para amigos, espere ser questionado. O oficial poderá solicitar que você mude as configurações na hora ou forneça detalhes adicionais. É possível também que seu caso seja temporariamente negado e você receba uma instrução formal para abrir os perfis e aguardar enquanto ocorre a análise da sua vida digital. Esse processo de verificação estendida pode atrasar a emissão do visto em dias ou semanas, o que é um grande problema se suas aulas ou programa nos EUA estiverem para começar em breve. Por isso, antecipe-se e evite passar por esse transtorno.


Outros tipos de visto também serão afetados?

A princípio, essa exigência de perfis públicos foi direcionada apenas aos vistos de estudante e intercâmbio (categorias F, M e J). Por enquanto, outros tipos de visto, como turismo (B1/B2), trabalho (H-1B) ou residência permanente (Green Card), não estão oficialmente sujeitos a essa regra. No entanto, analistas apontam que políticas similares podem ser expandidas no futuro para outras categorias de vistos, conforme o governo avalie os resultados dessa medida inicial.


Além disso, mesmo sem haver um mandado formal para vistos de turismo, já há recomendações no meio consular para viajantes manterem suas redes abertas. Ou seja, se você tem uma entrevista de visto de turista (B1/B2) marcada, é prudente também checar se suas redes sociais estão ativas e visíveis publicamente, como precaução. Lembre-se de que todos os solicitantes já informam suas redes no formulário. Então, em teoria qualquer candidato a visto pode ter suas mídias vasculhadas caso o agente consular julgue necessário. Em última instância, até a ausência total de presença online pode gerar suspeitas. Portanto, esteja preparado para fornecer acesso ou explicações sobre sua vida digital, independentemente do tipo de visto.


Dicas: como se preparar para a entrevista de visto 🎯

Diante desse novo cenário, aqui vão algumas dicas práticas para quem vai solicitar o visto americano:

  • Deixe suas redes sociais abertas (modo público): Ajuste as configurações de privacidade do Facebook, Instagram, TikTok, Twitter/X, LinkedIn etc., para que todo o conteúdo seja visível publicamente durante o processo de visto. Idealmente, faça isso alguns dias ou semanas antes da entrevista, para que o consulado possa realizar a triagem prévia se desejar. Lembre-se de que usar um nome de usuário diferente ou não listar uma rede social que você possui é má ideia. Forneça todas as informações solicitadas com honestidade.

  • Mantenha um perfil “saudável” online: Se possível, tenha alguma presença online consistente e transparente. Postar fotos da sua rotina de estudos, hobbies positivos ou interações familiares não prejudica. Ao contrário, mostra que você tem vida pública normal. Por outro lado, se você nunca usa redes sociais ou apagou tudo recentemente, esteja pronto para explicar o motivo se lhe perguntarem. Não ter nenhuma atividade online pode parecer suspeito em 2025, dado que a grande maioria das pessoas (especialmente estudantes) possui algum rastro digital. Isso não significa que você precisa criar contas só por causa do visto, mas tenha clareza ao responder sobre suas redes se questionado.

  • Fique atento às fontes oficiais: Acompanhe os canais oficiais da Embaixada/Consulados dos EUA no Brasil para quaisquer atualizações sobre procedimentos de visto. Essas regras podem evoluir com o tempo. Por exemplo, a triagem extra para estudantes veio acompanhada de outras mudanças, como prioridade de agendamento para certos casos (p.ex., alunos indo para universidades com poucos estrangeiros) e redução temporária no volume de entrevistas disponíveis. As autoridades americanas enfatizam que cada caso continuará sendo avaliado de forma holística. Não é só rede social que decide, fatores como vínculos com o Brasil, documentação financeira e propósito legítimo da viagem ainda são fundamentais. Assim, siga todas as orientações oficiais, preencha corretamente seu DS-160 e prepare-se bem para a entrevista em todos os aspectos.

  • Considere obter orientação profissional: Se você tem preocupações sérias sobre o que pode ser encontrado em seu histórico online, por exemplo, engajamento político intenso ou alguma associação controversa, pode ser sensato consultar um advogado de imigração ou um especialista em vistos antes de aplicar. Avalie o risco-benefício de cada post público seu, sobretudo em temas sensíveis.


Conclusão

A vida digital virou um componente importante na solicitação de vistos para os Estados Unidos. Para quem busca um visto de estudante (F-1, M-1) ou de intercâmbio (J-1), manter as redes sociais abertas e “limpas” deixou de ser opcional. Hoje é praticamente uma etapa obrigatória para evitar atrasos ou negativas na emissão do visto. E mesmo candidatos a outros vistos, como turismo, podem se beneficiar dessa transparência proativa, já que nada impede o consulado de dar uma “espiada” em seu perfil se julgar necessário.


A melhor estratégia é se antecipar: ajuste suas configurações de privacidade antes da entrevista, revise seu histórico online e apresente-se de forma autêntica, porém responsável, nas redes. Lembre-se de que o objetivo dos EUA é identificar ameaças reais à segurança, não caçar comentários antigos descontextualizados. Na dúvida, é você quem deve demonstrar que não tem nada a esconder. Com informação, preparo e transparência, você diminui as chances de surpresas desagradáveis no caminho para realizar seu sonho nos Estados Unidos.

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